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Paquistão: mais de meio milhão de ahmadis poderão ser impedidos de votar nas eleições de 2024, diz HRW

Segunda-feira, 11 de dezembro de 2023

Os ahmadis são uma minoria muçulmana não reconhecida pelo islã tradicional

Mais de meio milhão de ahmadis poderão ser impedidos de votar nas eleições no Paquistão, em fevereiro de 2024, devido à perseguição religiosa promovida ou não combatida pelo governo. O alerta é da ONG Human Rights Watch (HRW), sediada nos Estados Unidos, e foi publicado na última sexta-feira (8/12).

Os ahmadis são uma minoria muçulmana não reconhecida pelo islamismo. Para participar do pleito, eles precisariam renunciar a fé ou serem inseridos numa lista de eleitores ‘não muçulmanos’.

“Em 2002, o Paquistão aboliu um sistema eleitoral no qual muçulmanos e não-muçulmanos se registam e votam em categorias separadas. O governo também criou uma categoria separada para Ahmadis. Desde então, todos os cidadãos paquistaneses votam de acordo com uma única lista eleitoral, exceto os Ahmadis, que votam numa lista separada”, explicou a HRW.

Os muçulmanos ahmadis preferem deixar de votar em vez de renunciar a fé. Ainda segundo a entidade norte-americana, ‘a lei paquistanesa efetivamente legaliza e até incentiva a perseguição à comunidade Ahmadiyya’.

Crédito: Freepik - Creative Commons
O Alcorão traz os ensinamentos do
profeta Maomé
Essa não é a única violação de direitos humanos sofrida pelos ahmadis. Eles são proibidos no país de praticar rituais islâmicos, tais como: construir minaretes ou cúpulas de mesquitas e escrever publicamente versos do Alcorão – o livro sagrado do islamismo –, entre outros.

Minarete é uma torre de mesquita usada para anunciar as chamadas das cinco orações diárias praticadas pelos muçulmanos.

Em setembro deste ano, mais de 70 túmulos de cidadãos ahmadis foram vandalizados na cidade de Daska, enquanto dois minaretes, demolidos, em Lahore, de acordo com a Al-Jazeera.

Ainda conforme o canal de TV catariano, em 2022 ao menos 197 sepulturas e 14 mesquitas pertencentes aos ahmadis foram profanadas. Além disso, 108 pessoas foram autuadas e outras três, mortas, por conta de sua crença.

Em maio de 2010, 94 fiéis ahmadis foram mortos e outros 100 ficaram feridos durante ataques terroristas em mesquitas Ahmadyya em Lahore.

Os ahmadis são vistos como blasfemadores no islamismo tradicional, por não verem Maomé como o último mensageiro de Deus. Essa vertente religiosa mistura elementos do islã e do cristianismo ortodoxo e foi fundada pelo indiano Mirza Ghulam Ahmad – que se dizia o ‘Messias Prometido’ – em 1889. Na época, a Índia era ocupada pelo império britânico.
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